Com o nível dos reservatórios cada vez mais baixo, a possibilidade de um novo racionamento de energia no Brasil tem sido mencionada nos últimos dias, embora o governo continue negando esse risco. De acordo com o Boletim Diário de Operação mais recente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no último dia 7, o nível dos reservatórios localizados no Sudeste/Centro Oeste, que respondem por 70,8% da capacidade de armazenamento de energia do País, estava em 28,43%. O índice já é menor que o registrado em dezembro de 2000 (28,52%), pouco antes do início do racionamento, em junho do ano seguinte.
No Nordeste, segundo maior gerador de energia do País, os reservatórios estão com apenas 30,64% de sua capacidade, índice bastante inferior ao registrado em dezembro de 2000: 59,33%. Caso não haja uma mudança no cenário, a previsão é que a capacidade de armazenamento dos reservatórios da Região caia ainda mais, encerrando o mês de janeiro com 25,40%, conforme o ONS.
Para garantir o abastecimento de energia, as térmicas do Nordeste estão em pleno funcionamento. Mesmo assim, a geração de energia na Região nem sempre atende as expectativas do ONS. No último dia 7, por exemplo, a produção de energia no Nordeste ficou em torno de 10.528 megawatts médios (Mwmed), mas a previsão era de 10.843 Mwmed.
Isso ocorreu devido à menor geração de energia hidráulica (7.080 Mwmed, contra 7.187 Mwmed programados) e de energia térmica (3.168 Mwmed, contra 3.352 Mwmed programados). Por outro lado, a geração eólica ficou um pouco acima do previsto pelo ONS, com uma produção de 341 Mwmed e uma previsão de 304 Mwmed.

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