
Enquanto muitos estão de férias, Maria de Fátima Barros, 50, trabalha sem finais de semana. Também aumentou o número de funcionários e passou a ir para casa depois das 20h30 todos os dias. Dona da papelaria A Educativa, em Brasília, e no negócio há 15 anos, diz que sabe da importância dessa época para o setor. "Os pais chegam com as listas de material para o ano todo. Depois, só vem quando o filho precisa de alguma coisa".
Para se preparar, as compras são feitas em agosto, em feira do setor que acontece em São Paulo. As encomendas começam a chegar em outubro. O aumento de funcionários foi aos poucos: em novembro eram 3; agora 12.
Segundo o gerente de Atendimento Coletivo de Comércio e de Serviços do Sebrae Nacional, Juarez de Paula, o faturamento das lojas nos meses de janeiro e fevereiro pode representar até 70% das vendas no ano.
Para conseguir aproveitar ao máximo esse período e estar preparado para uma queda natural em seguida, ele recomenda a concentração dos esforços na formação do estoque e na qualificação de profissionais temporários. Uma das orientações é guardar dinheiro para poder negociar melhores preços com fornecedores, pagando à vista.
Alexandre Dal Corso, 42, da Alfacor, de São Paulo, usou em parte a estratégia: comprou 70% à vista e o resto parcelado.
Ele aproveita a época para fidelizar seus clientes. "Em toda venda fazemos um cadastro. Depois ligamos ou escrevemos, informando sobre novidades e promoções", disse.
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