
O governo federal vai continuar usando por pelo menos mais três meses uma energia mais cara para garantir o abastecimento de eletricidade e evitar qualquer possibilidade de racionamento. A geração por meio de usinas térmicas, entretanto, pode diminuir o impacto da redução de 20,2% da conta de luz prometido pela presidente Dilma Rousseff. Após a primeira reunião do ano do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que as usinas que usam combustíveis como gás e carvão para gerar eletricidade - as termoelétricas - deverão permanecer ligadas, pelo menos, até o fim de abril. Até lá, o governo brasileiro acredita que os reservatórios das hidrelétricas já terão começado a voltar a patamares adequados, que permitirão substituir a geração de energia mais cara, por uma mais barata.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, as usinas térmicas instaladas no País ainda podem aumentar o volume de energia produzida, garantindo assim o abastecimento e evitando qualquer possibilidade de racionamento de energia elétrica.
Tarifa vai ser reduzida
Além de enfatizar que não haverá problemas de abastecimento de energia, o ministro fez questão de frisar que o corte de 20,2%, em média, na conta de luz - prometido pela presidente Dilma Rousseff em setembro do ano passado - está garantido.
Mas o uso continuado das usinas térmicas deve reduzir, na prática, o impacto que o consumidor sentirá no bolso ao longo do ano. Pelos cálculos do chefe do ONS, se essas usinas permanecessem ligadas até dezembro, o impacto seria um aumento de até 3% na conta de luz.
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