
Em meio a um cenário de retomada lenta da economia, os bancos estatais anunciaram ontem duas iniciativas voltadas para o setor de veículos, um dos principais motores da atividade econômica nos últimos meses.
O Banco do Brasil ampliou para até seis meses a carência nos financiamentos de veículos realizados até 31 de dezembro. Anteriormente, o pagamento da primeira prestação podia ser adiado por, no máximo, 59 dias. A mudança é temporária, com o objetivo de aumentar os negócios neste fim de ano, quando está previsto o fim do benefício do IPI reduzido.
A concessão de uma carência maior depende da análise do histórico de crédito. Além disso, está limitada aos clientes com conta e relacionamento com a instituição financeira.
O cliente que optar pela carência máxima de seis meses só vai quitar a primeira prestação em junho de 2013. Durante esse período, o consumidor não paga nada, mas os juros ficam incidindo sobre todo o valor do financiamento, o que pode elevar o total que será pago até o fim do contrato. A taxa de juros, que hoje é de 1,3% ao mês, em média, não muda em função do prazo.
O BB financia veículos zero em até 60 meses, incluindo nesse prazo a carência. O cliente que optar pelo financiamento mais longo e pelos seis meses para começar a pagar, por exemplo, vai dividir o valor do crédito em 54 prestações. Se, por outro lado, quiser pagar a primeira parcela após 60 dias, terá uma prestação menor, pois vai dividir a dívida em 58 vezes.
"A opção é do cliente. O planejamento financeiro é que vai levá-lo a escolher a melhor alternativa", disse Paula Luciana Lima, gerente executiva da área de empréstimos e financiamentos do BB. Segundo ela, a concentração de despesas de início de ano é um fator que pode levar o consumidor a optar por adiar o pagamento por mais tempo.
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