
A redução temporária de IPI para a compra de carros o zero-quilômetro tem beneficiado o consumidor, mas só até ele precisar levar o carro à oficina. Isso porque o aquecimento das vendas de veículos faz com que parte da produção de peças de reposição seja desviada para a montagem de automóveis novos. As maiores queixas são quanto à falta de componentes da lataria e de itens mecânicos de baixa rotatividade, como mangueiras do sistema de refrigeração do motor.
Para a Anfape (associação dos fabricantes de autopeças), a culpa pela falta de peças é das montadoras. "Os fabricantes de carros monopolizam a produção de itens de estamparia, mas não conseguem abastecer todo o mercado de reposição e não querem que outras empresas o façam", diz Roberto Monteiro, presidente da instituição.
Já a Anfavea (associação das montadoras) diz que o desabastecimento não é generalizado. "Para ter escala, algumas peças são confeccionadas em grandes lotes de tempos em tempos. Nesses intervalos, se houver picos de consumo, há risco de desabastecimento. Mas monitoramos os estoques", explica Cledorvino Belini, presidente da Anfavea.
O consumidor que se sentir lesado pela demora na entrega de peças para seu automóvel pode acionar a empresa na Justiça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário