terça-feira, 13 de novembro de 2012

CE é o 4º em agregar classe média


Para os cerca de 36 milhões de brasileiros que saíram das classes D e E e entraram na classe C nos últimos dez anos, a nova realidade econômica significou muito mais do que uma simples mudança de status social. Com esse dinheiro a mais no bolso, ingressaram em faculdades particulares, viajaram pelo País nas férias, financiaram carros populares e assinaram um pacote de TV a cabo. Por outro lado, atolaram-se em dívidas de cartão de crédito, chegaram ao fim do mês sem mais nenhum tostão e perceberam que um veículo na garagem também significa pagar IPVA, seguro, combustíveis, etc.

Para o bem ou para o mal, o Ceará foi o quarto estado brasileiro que mais contribuiu para esse avanço, com uma participação de 6,4%, o que corresponde a aproximadamente 2,3 milhões de cearenses que passaram a ter uma renda mensal entre R$ 291 e R$ 1.019, de acordo um levantamento divulgado ontem pelo Instituto Data Popular, intitulado "Vozes da Classe Média". O Estado ficou atrás somente de São Paulo (16%), Minas Gerais (12,8%) e Bahia (9%). A quinta posição é ocupada por Pernambuco (5,9%).

Nesse novo cenário nacional, protagonizado pela classe C, o destaque fica por conta do Nordeste, que contribuiu em 34% com esse crescimento, apenas dois pontos percentuais abaixo do líder em contribuição, Sudeste, com 36%. "Isso aconteceu porque a região Nordeste era a que mais concentrava pessoas das classes D e E (um total de 73% da população, em 2002)", explica Renato Meirelles, autor do estudo.

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