
Como reflexo da regulamentação do cadastro positivo, que permite aos bons pagadores acesso facilitado ao crédito com juros mais baixos, os especialistas esperam que a economia e o comportamento de consumo sejam potencializados. Publicada ontem no Diário Oficial da União, a nova lei permite que o consumidor não seja mais avaliado pelo risco médio de inadimplência, mas a partir da pontualidade do pagamento das suas contas.
Segundo o gerente comercial do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, Ronaldo Guimarães, além do comércio, boa parte da população será beneficiada, já que a maioria dos consumidores tem crédito. Desse modo, ele ressalta quem mais pessoas estarão adquirindo compras com valores mais altos.
"No cadastro negativo, utilizado atualmente, as taxas de juros não são aplicadas pelo perfil individual, mas pela operação em geral. Se você recebe a taxa de juros para financiar um apartamento, por exemplo, está incluso o risco de inadimplência, porque tem gente que não vai pagar - e você paga por isso", explica.
Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Freitas Cordeiro, a regulamentação do Cadastro Positivo vem beneficiar a todos. Ele destaca que ao trabalhar o crédito com visão positiva, distribuindo para quem tem real capacidade de recebe-lo, evita-se que a possibilidade de compra resulte no não pagamento.
"A inadimplência é prejudicial para o consumidor e para a empresa, que é punida pesadamente. Essa é uma maneira inteligente de trabalhar o crédito, pois, quando o risco na operação é minimizado, os juros vão caindo", destaca Freitas.
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