Apreensões da Receita no Ceará caem 70%

O valor das apreensões de mercadorias pela Receita Federal no Ceará caiu 70% entre os dois últimos anos, de acordo com dados da superintendência regional do órgão (3ª região fiscal), responsável também pelos estados de Maranhão e Piauí.

No que diz respeito exclusivamente ao contabilizado para o território cearense, 2011 foi encerrado com R$ 4,4 milhões oriundos de apreensões, enquanto R$ 14,22 milhões foram registrados em 2010.

A superintendente adjunta da Receita Federal, Maria Célia Araújo Vasconcelos, ainda afirmou que a redução deve-se ao grande volume de operações realizadas em 2010, o que resultou em grandes apreensões e a alta quantia. Já quando comparado com o resultado atestado para o País, o Ceará segue ritmo contrário. No Brasil, segundo divulgou na semana passada a Secretaria de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal, a apreensão de mercadorias cresceu 16%, chegando a um valor de R$ 1,48 bilhão.

Entre os mais apreendidos nas operações da Receita no Ceará, a superintendente adjunta afirmou que "cerca de 90%" dos R$ 4,4 milhões correspondem a equipamento eletrônicos. Destes, os que mais se destacam são notebooks, câmeras fotográficas e mp3 players. Sem revelar números, ela ainda citou como bastante recorrentes no Estado, roupas e "muito perfume".

No Brasil, em valores absolutos, o veículos respondem pela maior parte do apreendido pelos fiscais. Ao todo, em 2011, um aumento de 13,7% foi apontado para os carros, com R$ 120,6 milhões contabilizados. Nacionalmente, os eletroeletrônicos tiveram uma queda no ano passado de 10,5%, segundo o balanço nacional do órgão.

Segundo a análise de Célia, o Ceará segue ritmo diferenciado por não estar numa região de fronteira com outros países, tendo em outros produtos as maiores sonegações.