quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sobrevivência das empresas em 75%


A crise econômica mundial não afetou nem a criação nem a sobrevivência das empresas no Ceará em 2009. No Estado, foram criadas 32.217 empresas no período e a taxa de sobrevivência alcançou 75% entre os 128.953 estabelecimentos cearenses em atividade naquele ano, segundo revela a pesquisa Demografia das Empresas 2009, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já o número de empresas que encerrou suas atividades no Estado no ano retrasado alcançou 24.389 (18,9% do total).

No Brasil

No País, a cada cinco empresas existentes em 2009, uma era nova. "Apesar de ser um ano de crise, houve um aumento na taxa de entrada de empresas em 2009, na comparação com 2008", ressaltou Denise Guichard, técnica do IBGE e responsável pelo estudo. Das 4,3 milhões de companhias ativas no período, 946,7 mil (22,2%) eram recém-criadas. Por outro lado, foram desativadas 755,2 mil empresas no ano, ou 17,7% do total. O número mostra um saldo positivo para a criação de empresas no período, com mais registros de entradas do que de saídas do mercado. Portanto, a taxa de sobrevivência foi de 77,8% - ou seja, 3,3 milhões das empresas ativas em 2009 eram sobreviventes.

As empresas ativas no País ocupavam 34,4 milhões de pessoas, sendo 28,2 milhões (82,2%) de assalariados e 6,1 milhões (17,8%) de sócios ou proprietários. Os salários e outras remunerações somaram R$ 476,7 bilhões, uma média mensal de R$ 1.357,99 per capita (2,9 salários mínimos). Na comparação com 2008, tanto o número de empresas quanto o de trabalhadores assalariados cresceram, 4,7% cada, o que representou um saldo de 191,3 mil empresas e de mais 1,3 milhão de assalariados.

"No ano anterior (2008) você tinha tido um acréscimo de 1,6 milhão de postos de trabalho; então, teve um ritmo de crescimento menor na geração de emprego, apesar da abertura de mais empresas", explicou Denise. No entanto, a técnica do IBGE explicou que as empresas que foram desativadas em 2009 não afetaram os postos criados. "Você tem uma saída muito grande de empresas ou que não têm empregados, que são compostas só pelo sócio-proprietário, ou que são muito pequenininhas", ressaltou.

De acordo com o levantamento do IBGE, 79,9% das empresas que entraram no mercado em 2009 não tinham empregados e 18,4% tinham de 1 a 9 funcionários. Entre as companhias que foram fechadas, 88,5% não tinham empregados e 10,8% tinham de 1 a 9 trabalhadores.

Fonte: Diário do Nordeste

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