sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Governo eleva IPI de montadoras com baixo conteúdo nacional


O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializads (IPI) sobre carros importados, numa ofensiva para tentar estimular as montadoras a aumentar a produção nacional. De acordo com a medida, veículos vendidos no País que não se enquadarem em 6 de 11 etapas de produção (incluindo montagem, estampagem, pintura, fabricação de motores de embreagem e câmbio) e mostrem que pelo menos 65% do conteúdo tenha sido produzido no Brasil e no Mercosul, estarão sujeitos a alíquota adicional de 30 pontos percentuais de IPI.

Além disso, as empresas devem comprovar que investem em pesquisa e desenvolvimento no País. "Nós ficamos preocupados quando lemos nos jornais que a indústria automobilística está aumentando os estoques no pátio", argumentou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, argumentando que o objetivo das medidas é preservar os empregos no País, em meio à maior competição internacional.

As montadoras terão 60 dias para mostrar que preenchem os requisitos para escapar do aumento do IPI, que vai vigorar até dezembro de 2012. As que não se enquadrarem, pagarão o imposto de forma retroativa. Segundo Mantega, de 12 a 15 empresas devem se enquadrar nos critérios anunciados. "A medida significa que está aumentando em 30% o custo do veículo importado", resumiu o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

As medidas chegam após várias montadoras anunciarem redução na produção de veículos devido ao aumento dos estoques nos pátios, como reflexo da economia em desaceleração. Além disso, a fatia dos carros importados no mercado brasileiro não para de crescer. Em 2009, a fatia dos importados no mercado nacional era de 15,6%. Desde então, esse percentual passou a 18,8% em 2010 e a 22,5% de janeiro a agosto deste ano.

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