quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Juros do cheque especial atingem maior valor desde 1999

Os juros do cheque especial continuam sendo os mais altos e tornam a modalidade de crédito a mais cara entre as disponíveis no mercado. A taxa para esse tipo de empréstimo atingiu 188% ao ano em julho, segundo divulgou nesta quarta o Banco Central (BC), a maior taxa dos últimos 12 anos. Em abril de 1999, a taxa de juros do cheque especial era de 193,6% ao ano.

Por ser a modalidade de crédito mais cara, a inadimplência do consumidor nesse segmento específico atingiu, em julho, 9% dos consumidores que usam esse tipo de empréstimo, o maior patamar desde janeiro (9,2%). O volume de recursos destinados ao cheque especial caiu entre junho e julho, passando de R$ 20,5 bilhões para R$ 19,9 bilhões. Especialistas alertam que as famílias devem optar por essa modalidade de crédito somente para empréstimos de curto prazo.

A taxa de juros do crédito pessoal caiu pelo 3º mês seguido, atingindo 48,7% ao ano. A inadimplência para esse tipo de crédito atingiu 4,8% em julho, a maior porcentagem desde janeiro de 2010, quando registrou 4,9%. Os juros para a aquisição de veículos também caíram, chegando ao patamar de 29,5%ao ano em julho. Neste caso, 4,% dos consumidores estão inadimplentes (com atrasos superiores a 90 dias).

A inadimplência total - levando em consideração as contas de famílias e empresas com atraso superior a 90 dias - teve leve alta entre junho e julho deste ano, passando de 5,1% para 5,2%. O aumento se deve ao aumento da porcentagem de empresas inadimplentes, que passaram de 6,4% para 6,6% de junho para julho. O número de famílias em débito ficou estável pelo terceiro mês seguido, em 3,8%.


O volume de crédito oferecido pelos bancos somou R$ 1,85 trilhão em julho, uma alta de 1,1% em relação a junho. O montante equivale a 47,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro - a soma de todas as riquezas produzidas no País. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 19,8% na oferta de crédito. O montante é menor que o registrado nos 12 meses anteriores a junho, que foi de 20%, mas ainda segue fora do padrão considerado "desejável" pelo presidente do BC, Alexandre Tombini. Para o titular da autoridade monetária, o adequado seria uma expansão entre 10% e 15% do volume de crédito num ano.

Fonte: Terra

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