terça-feira, 3 de maio de 2011

Emprego com carteira avança com força no NE

O Nordeste foi quem mais ampliou a participação em empregos formais na década passada em relação às demais regiões brasileiras. Saiu de 23,26% em 2001 para 29,62% em 2009. Um crescimento relativo de 27,37% - o maior do País. No absoluto, a alta foi de 51,01%, a segunda mais expressiva do Brasil, atrás apenas do Centro-Oeste, com 53,88%. Mesmo com o bom desempenho, a concentração do emprego com carteira assinada nos estados nordestinos ainda é considerada a mais baixa na esfera nacional.

O levantamento consta no relatório nº 88, denominado "Características da formalização do mercado de trabalho brasileiro entre 2001 e 2009", realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/ IBGE). O estudo considera por trabalhadores formalizados aqueles que apresentam vínculo evidente de contrato de trabalho, ou seja, funcionários públicos estatutários, militares e trabalhadores com carteira assinada; já por trabalhadores não formais entende-se os tipos de trabalho sem evidência direta de contrato.

Informalidade

Conforme a pesquisa, divulgada ontem, houve uma retração de 9,15% no índice que mede o aumento relativo na participação da informalidade no mercado. Em quantidade absoluta, a elevação foi pequena, de apenas 7,73%. Para o assessor Técnico da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), da Prefeitura de Fortaleza, Inácio Bessa, a análise é de um bom momento para a economia.

Novas vagas

Na opinião dele, que elaborou um estudo estatístico acerca da criação de novas vagas nas metrópoles do Nordeste, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), três capitais despontam como principais fontes de criação de oportunidades de trabalho com carteira assinada.

"Fortaleza, Salvador e Recife responderam juntas por quase 63% de todos as vagas formais geradas no Nordeste no período compreendido entre 2005 e 2010. E a Capital cearense é a metrópole do emprego, despontando em primeiro lugar", diz.

De acordo com o especialista, no surgimento de trabalho formalizado, o Nordeste está muito bem em relação ao resto do Brasil, e o Ceará supera a média nordestina. "O mercado está aquecido. Fortaleza concentra a maior parte dos empregos criados no Estado, ficando com 77,67% de tudo que é gerado por serviços e 63,65% das vagas originadas pela construção civil, por exemplo". Segundo Bessa, essa é uma tendência que deve ter continuidade nos próximos anos até a Copa de 2014.

Fonte: Diário do Nordeste

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