
A redução da conta de luz em 2013 deve ficar menor do que o anunciado pela presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e TV no início de setembro. Mas a culpa não é da União, na avaliação do governo federal, mas das companhias estaduais de energia elétrica dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná - Cesp, Cemig e Copel, respectivamente.
Essas companhias não aceitaram os termos propostos por Dilma. Sem a adesão destas empresas, a redução da conta de energia elétrica será de 16,7% em média, e não 20,2%, como desejava o governo federal. Ao dizer não para o governo federal, essas concessionárias continuarão vendendo energia pelos contratos atuais, embaralhando os cálculos iniciais do governo federal. Os técnicos do Ministério de Minas e Energia não desistiram de alcançar o corte anunciado por Dilma - o governo vai estudar alternativas.
Segundo Romeu Rufino, diretor da Aneel, os profissionais vão, a partir de hoje, se debruçar sobre os caminhos a seguir, de forma a atingir a meta de reduzir 20,2%, em média, a conta de luz. "Era sabido que algumas empresas poderiam não aderir. Em não aderindo, ou o impacto não será do tamanho inicialmente imaginado, ou o governo pode eventualmente fazer outros ajustes para alcançar o impacto. É uma questão do governo agora", afirmou Rufino.
"A decisão dessas empresas, principalmente as companhias de São Paulo e Minas Gerais, de não renovar seus contratos sob novas bases, é a causa de, hoje, não podermos anunciar o corte na conta de luz pretendido pelo governo federal", disse, ontem, o secretário-executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmerman.
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