Os juros cobrados das famílias no crédito retomaram a trajetória de queda em outubro após uma leve alta no mês anterior e alcançaram o menor nível em 18 anos.
O recuo reflete o cenário de maior competição entre os bancos, fenômeno que deve se manter, mas com menor força nos próximos meses, segundo analistas. Em outubro, a taxa média caiu 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior e ficou em 35,4% ao ano. Trata-se do menor nível da série histórica apurada pelo Banco Central.
A diminuição acumulada desde o início do ano é de 8,4 pontos percentuais. Nesse período, a taxa básica de juros (Selic) caiu de 10,5% para 7,5% e se somou ao movimento deflagrado pelos bancos públicos para diminuir o custo do dinheiro e pressionar as instituições privadas do País a fazer o mesmo.
"Os juros caíram mais que a Selic. Os bancos, devido à competição, estão repassando uma queda maior às taxas de juros", diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Segundo ele, a diminuição no "spread" - diferença entre o custo de captação do banco e a taxa cobrada ao cliente final- no mês (0,3 ponto percentual) confirma o cenário de competição e sugere novas queda nas taxas mesmo após a manutenção da Selic em 7,25%, decidida ontem pelo BC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário